Leandro Silva

Leandro Silva

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

REGIÃO NORDESTE - Em Alagoas, mulher é arrancada de casa, morta e esquartejada por denunciar traficantes Leia mais sobre esse assunto




MACEIÓ - Mesmo após o lançamento de três planos de segurança nos últimos seis meses - todos para o combate a onda de assassinatos e assaltos no estado - Alagoas registrou mais um homicídio brutal na madrugada deste domingo. A dona de casa Maria de Lourdes Farias de Melo, de 27 anos, foi arrancada de casa à força - ela estava dormindo com o marido e os filhos - e morta por traficantes, em Maceió. De acordo com a Polícia Civil de Alagoas ela havia denunciado a ação do tráfico na região.
A vítima foi baleada e esquartejada. A cabeça foi colocada em uma estaca e com o braço esquerdo os traficantes tentaram escrever, em um muro, a palavra "cagueta"- que significa "dedo duro" ou "X9", na linguagem do crime.
O palco da tragédia foi o conjunto Carminha, área dominada por traficantes. Ela é a terceira pessoa morta em um ano por denunciar traficantes na região. Em outubro do ano passado, a dona de casa Valderes Nascimento de Sena, 41 anos, foi assassinada a facadas. Ela denunciou vizinhos por um suposto envolvimento com o tráfico de drogas na região.
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Ano passado, um homem foi decolado em via pública e teve a cabeça fixada na estaca de uma cerca. Apesar da polícia associar os crimes aos traficantes locais, ninguém foi preso até hoje.
Policiais do 5° Batalhão de Polícia Militar informaram que nenhum morador quis comentar o crime contra Maria de Lourdes. A principal testemunha é o marido, que não teve o nome revelado.
A polícia suspeita que o crime tenha sido praticado pelo chefe do tráfico de drogas na região e a brutalidade serviria de 'alerta' para os demais moradores que tentem impedir a ação de bandidos na região.
De janeiro até julho, Alagoas - que lidera as estatísticas de violência no Brasil - lançou três planos de segurança. O último foi na semana passada, o Ronda Cidadã. Em março, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi chamado a Alagoas a pedido do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Segundo Vilela, era um "pedido de socorro" a onda de crimes no estado.
O ministro prometeu ajuda, mas não falou em quantidade de dinheiro a ser liberada.
Um mês depois, Alagoas lançou o segundo plano de segurança, com convocação de 800 policiais militares da reserva e construção de 46 bases comunitárias. O Conselho Estadual de Segurança alegou ilegalidade na convocação dos PMs.
No início de julho, o terceiro plano: o Ronda Cidadã, um policiamento ostensivo na área de bares e restaurantes da capital. Na última quinta-feira, próximo ao lugar onde o plano foi lançado, um policial federal foi morto a tiros dentro do carro dele. Ele reagiu a um assalto, efetuado por menores, que confessaram o crime e, em seguida, foram liberados.
Fonte:O GLOBO

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