Leandro Silva

Leandro Silva

domingo, 10 de julho de 2011

Barragem em rio gera polêmica no município de Madalena

Obra construída entre áreas particulares no rio Barriga, tem atraído pastagem de gado ao lado de poços de abastecimento da cidade.

Obra no leito de um rio tem causado polêmica em Madalena, no Sertão Central. Em junho, o Governo do Estado inaugurou o açude Umari, no rio Barriga, para dar solução ao histórico problema de falta d’água no município. Poucos dias depois, porém, no meio do percurso do riacho que deveria dar vazão ao açude, uma barragem foi construída, obstruindo o curso natural das águas e gerando risco de contaminação.

No limite entre o bairro Caixa D’água e a localidade de Manga, extensão de areia e barro tem servido à travessia de veículos, impedindo a passagem da água. A água represada tem atraído a pastagem de animais no local, que fica próximo a uma das bombas de coleta do sistema de abastecimento da cidade.

O diretor do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (Saee) de Madalena, José Oeles, disse a reportagem, na última quarta-feira, que comunicou a situação à Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Segundo ele, o serviço foi realizado pela Fazenda Teotônio. “Logo que iniciaram o barramento pensei que poderia prejudicar as águas”, detalha.

O prefeito de Madalena, Wilson de Pinho, diz que o serviço foi encomendado pela Prefeitura, com empréstimo de máquinas da Fazenda Teotônio. “Orientei fazer porque estava precisando acabar com a retirada de areia no local”, conta o prefeito.

Fato é que a obra se localiza entre a fazenda e outras áreas particulares – uma delas pertence ao próprio prefeito. O administrador da Fazenda, Fernando Câmara, confirma a obra feita em parceria. “Foi colocada piçarra para ficar melhor de passar”. Segundo ele, a ideia é transformar o ponto em passagem molhada. “Colocarei manilhas passando por baixo para não aterrar o poço (de abastecimento)”, promete o prefeito.

De acordo com Telma Pontes, gerente da Cogerh responsável pela Bacia do Banabuiú, não há problema com o barramento, feito, segundo ela, para abastecer os poços da cidade. “Futuramente os poços vão deixar de existir porque o Governo vai construir adutoras”, projeta.

Fonte:Revista Sertão Central
Thiago Mendes
Reportagem

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